Estava na paragem de autocarro, centrada nos meus pensamentos quando ouvi um gatinho. Era o miar de um gatinho aflito. Olhei para o outro lado e ali estava um gatinho pequeno no meio da estrada, sem conseguir andar. Estava em sofrimento. Foi uma questão de segundos, quando me dei conta do que se passa fiquei estática com tal sofrimento, e no momento em que ia em seu auxilio, o seu sofrimento acabou. Foi mau. Foi horrível. As pessoas olhavam, mas nem se mexeram. Foi tão rápido que tal como eu ninguém se mexeu.
Fiquei petrificada, em choque. Ver é outra coisa. Ver uma coisinha tão linda em sofrimento e segundos depois vê-la perecer foi um choque. Fui para casa sem saber o que pensar. Cheguei a casa e chorei, chorei, chorei. Quando acabei de chorar retomei a minha vida. no dia seguinte tive uma revelação. Desde que aquele gatinho nos deixou, a vida continuou. Parece algo que todos nós já sabemos, mas tal apareceu-me aos meus olhos de uma forma tão clara e tão cruel como uma revelação, como se eu visse uma coisa que sempre ali estava, mas de uma forma claríssima, transparente. Doeu. A vida continuou para todos menos para o gatinho.
A vida continuou normalmente como se atribuísse qualquer valor àquele momento, à vida daquele gatinho. Todos os momentos podem ser para alguém no mundo o pior momento de sempre; uma mãe que vê adoecer gravemente o seu filho, um casal que termina um grande amor, alguém muito querido que parte, a saudade que aperta no peito. Mas a vida continua como se desprezasse todos os momentos maus, todo o sofrimento. Ela faz com que pareçam nada, com que pareçam mais um qualquer momento.
Como é possível que uma criatura que apenas vislumbrei por alguns segundos me tivesse marcado tanto? Mesmo não sendo crente rezei pelo gatinho. Á minha maneira.

O presidente do CDS-PP, Paulo Portas, é um idiota.
Como estava a dizer, o Paulinho das Feiras, refeito da explosão de ego que foi a sua vitória para a presidência do CDS-PP, volta à carga! E não demorou muito até que se ouvissem as primeiras atoardas descabidas sobre tudo e mais alguma coisa.
Primeiro Portas quis tomar posição sobre a adesão da Turquia à UE, considerando que existem “argumentos interessantes pró e contra” essa possibilidade, e defendeu que o país “deve ter um estatuto muito especial, de proximidade” da União, mas sem ser um estado-membro.
“Trata-se de um estado laico, mas só porque tem uma tutela militar. Não é propriamente o regime político ideal para ser membro da UE. E se deixar de ter tutela militar passará a ser, mais década, menos década, um estado religioso”, justificou.
Sim, até porque todas as manifestações populares que temos vindo a assistir a favor da laicidade foram obrigadas pelo regime militar. Já agora queria saber a sua opinião sobre o regime que vigora na Polónia, na Irlanda ou na Itália e se a influência da igreja nestes países não seria motivo para também eles serem “países com estatuto de proximidade e não estados membros”.
Sobre o nuclear, o novo presidente do CDS-PP considerou que “há 40 anos poderia ter sido uma solução interessante”, mas não “agora, quando o mundo está preparado para se libertar dessa opções e encontrar formas mais seguras”. “Defenderei as alternativas ao nuclear e não o nuclear”, declarou.
Esta posição faz todo o sentido quando a França está a planear abrir mais centrais nucleares, a nossa vizinha Espanha também tem bastantes centrais, algumas bem próximas, e os EUA vão apostar forte nos próximos anos nesta energia alternativa.
Mas para Portugal não! Nós somos mais espertos que os outros e tudo aquilo que resulta lá fora nós achamos que temos soluções melhores, todo o resto do mundo é que é parvo. Patético...

O Forbes encomendou o estudo para poder identificar as vedetas que se "mostram demais". Segundo um pesquisa divulgada pela revista Forbes, a cantora pop Britney Spears e Paris Hilton lideram a tabela das celebridades que receberam uma atenção excessiva por parte dos meios de comunicação social.
Eu já estou é farto da Forbes e das suas completamente idiotas sondagens. Se empregassem metade do tempo que gastam nestas parvoíces a fazerem alguma coisa de útil talvez não fosse pior.