Acho que a notícia fala por si!

As personalidades que gravitam em torno do fenómeno que é o futebol, não se apercebem do ridículo em que o seu primarismo as coloca.

Os mais recentes desenvolvimentos do caso Apito Final são casos paradigmáticos do primarismo e do ridículo em que muitas personalidades, de alguma importância na comunidade portuguesa, se colocam.

No dia em que a Federação Portuguesa de Futebol decidiu adoptar o parecer solicitado a Freitas do Amaral. Relembro que Freitas do Amaral, convidado para perceber a legalidade das reuniões do Conselho de Justiça da Federação Portuguesa de Futebol, entregou um parecer à FPF, que foi adoptado, acabando assim por se decidir a suspensão de Pinto da Costa e a descida de divisão do Boavista FC.

No entanto, e após, mais uma decisão contra os seus interesses José Guilherme Aguiar, continua numa táctica de fuga para a frente. Questionando tudo e todos, desde a "vaidade incomensurável" de Ricardo Costa, presidente da Comissão Disciplinar da Liga Portuguesa de Futebol Profissional à sua discordância em pleno do parecer de Freitas do Amaral, apelidando-o até de "sentença" e que Freitas do Amaral agiu como se fosse um "juiz" e que acredita "numas pessoas e não em outras". Reafirmando que o parecer não tem fundamento legal, não é isento e está mal estruturado. José Guilherme Aguiar que teve a lata de dizer que embora "desconheça o conteúdo do parecer", entendo que a argumentação de Freitas do Amaral deve ser muito "fantasiosa", pelo facto de "dar como validada uma reunião contra a posição do presidente". Ainda não tinha lido o parecer mas já era contra?!?!

Depois de ler as declarações de José Guilherme Aguiar fico parvo com a prepotência e a sensação de poder que estes senhores que fazem o futebol nacional acham ter.

Quem é José Guilherme Aguiar para questionar um parecer de Freitas do Amaral? Mas chegamos a onde?

E o problema é que estas pessoas continuam a ir à televisão e a falar em jornais sem o contraditório?

Primeiro foi Mário Crespo a escrever no JN. Ontem ao lado de Mário Crespo foi Passos Coelho que voltou a explanar a ideia de que quem vivem numa casa social e paga uma renda simbólica de 4,5€ não pode comprar televisões, playstations ou ter leitores de DVD e os respectivos DVDs.

Eu não sei se eles sabem quanto custam os artigos em causa (e até podiam ter sido oferecidos), mas acho um pouco estranho que eles achem que se uma pessoas não tivesse comprado esses artigos - digo já que não acho que sejam, na sociedade em que vivemos, luxos - fosse capaz de pagar um renda de alguns dezenas de euros por mês.

O que esses senhores não compreendem é que, é por eles só pagarem uma renda simbólica que podem usufruir de um pouco de conforto nas suas casas. pelos vistos para Mário Crespo e Passos Coelho quem paga uma renda de 4,5€, tem que viver nas casa mas dormir no chão e conversar à luz das velas.

É um principio básico da sociedade, quem não tem uma casa não consegue arranjar emprego. Mais, não ter uma casa é viver abaixo do limiar da pobreza. E se as casas estão a ser mal distribuídas não é certamente por terem uma playstation que podemos concluir isso...

Radovan Karadžić, um dos homens mais procurados do mundo por genocidio, foi, escandalosamente, protegido durante anos pelos serviços secretos da Sérvia, que acabaram por entregá-lo.

Se calhar era melhor alguém perguntar se não estão a proteger também o Ratko Mladić...

Não sei o que tem mais piada. Se a expressão do cão depois do falhanço do "herói", se a expressão do "herói" cheio de confiança depois de falhar!

(in the Breed (2006))

Após 13 anos em fuga, agora que fique preso muitos muitos muitos anos.