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Reactor 4

esquerda snowflake, lobo marxista easylado@sapo.pt

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Geração perdida, nada disso...

31.03.10 | Bruno C.

Vicente Jorge Silva, foi o “pai” da expressão “geração rasca”. Se não sabe quem ele foi é porque provavelmente não precisa de saber.

Renato Seara ilustre escritor do blog “em 2711” quer ser o “pai” da expressão “geração perdida”.

Muito desagradado com a sua própria geração mostra-se pesaroso por não poder viver na infância do seu pai. Nesse local idílico os jovens não se dedicavam ao consumismo primitivo (não tinham dinheiro e mesmo que tivessem não tinham o que comprar, nem onde comprar, assim é fácil não ser consumista)! Os jovens juntavam-se para discutir ideias. Nunca ouve tantos jovens na politica, todos os partidos políticos apresentam movimentos jovens, mas naquela altura, em que 80% da população era analfabeta, vivíamos numa ditadora e quase tudo era censurado é que os jovens tinham diálogos profundos. Poupem-me.

E a música? A música era uma coisa boa, como Beatles ou Bee Gees, nada de martelos pneumáticos como se ouve agora. Sim, porque já não se faz boa música e todos os jovens de agora só ouvem Drum&Bass e Grind House. (Bee Gees, a sério? Não tinhas mais banda nenhuma para colocar como exemplo? Os Rolling Stones são muito barulhentos para ti? E os Pink Floyd muito alternativos?)

Era um local tão perfeito que o bullying não existia pois os jovens de outrora viam para lá do aspecto. Ou isso ou o bullying não era considerado um problema e era visto como uma coisa normal, praticada não só por alunos mas também pelos professores que não perdiam uma oportunidade para bater e intimidar os seus alunos.

Pela parte que me toca o que mais detesto não são as gerações perdidas, confusas, rascas ou trocadas são os que colocam uma máscara de “velhos do Restelo” e esperam pela volta de um passado que nunca existiu.

A meritocracia é uma ilusão

28.03.10 | Cldsunshine

 

Relativamente à temática do estatuto do aluno, primeiro considero que não podemos comparar a realidade escolar de hoje com a realidade escolar de há 30 ou 40 anos. Hoje contrariamente com há 40 anos, toda a gente vai à escola, não é a penas uma elite. No passado os professores quase que podiam escolher os alunos, hoje têm que trabalhar com crianças com todo o tipo de contexto social e familiar. Esta democratização do ensino, veio obviamente mostrar problemas que antes não se viam.

A acrescentar à democratização do ensino temos o facto das crianças passarem cada vez mais tempo nas escolas. A escola assume hoje um papel que vai além do simples ensino. Hoje a escola tem um papel muito forte na educação. Essa alteração de papeis tem que ser assumida o quanto antes para se poder adequar a actuação da escola. O papel da escola passará por uma actuação muito mais em parceria com os encarregados de educação. A propósito destes, acho que também deveria haver uma formação para os mesmos. Ser pai hoje em dia é um desafio para o qual as pessoas não estão "naturalmente" preparadas e como tal precisam de orientações. Ser-se pai não é algo inato (pelo menos um pai que vai além da simples satisfação das necessidades fisiológicas). É urgente envolver os pais na educação dos seus filhos.

O bullying é de facto um problema social que não se combate com medidas políticas punitivas. Não acho que a solução passe por cortar as mãos a quem dá murros, as pernas a quem dá pontapés e cortar o dinheiro para comida a todos. Neste caso, tal como na maioria das problemáticas sociais há que apostar primeiro na prevenção destes comportamentos (apoio psicológico tanto a vitimas como a agressores, educação para a cidadania, etc). Como não defendo o método punitivo não acho que o estatuto do aluno o deva ser. Acho que ele se deve adequar o mais possível às necessidades dos alunos.

Para Paulo Portas “o mérito tem de estar presente nas escolas” (dito na assembleia da república), pois caro Portas, a meritocracia é uma ilusão. Devemos elogiar aqueles que mesmo tendo tudo contra conseguem triunfar, mas não devemos criticar aqueles que não conseguem lutar contra o sistema. Vivemos num salve-se quem puder e na era das cunhas.

Os seios do Sónio..

25.03.10 | correio-azul
Man boobs

Existe uma ideia errada no mundo dos leigos que é rotularem de “man boobs” todas as saliências mamárias ocurrentes em espécimes humanos do género masculino, sem qualquer diferenciação..

Há que separar logo desde o início, as verdadeiras mamas de homem, de mamas resultantes de gorduras localizadas. Para a segunda, existe uma explicação muito básica: Ser-se obeso e não ter mais nenhum sítio para onde enviar gordura é o primeiro passo para se obter um belo par. Nada que não se resolva com muito cardio e uma alimentação cuidada... ou fechando a boquinha, nas imortais palavras de Brunus Cesarus. Alguns casos mais excessivos poderão requerer uma lipoaspiração e até uma cirurgia plástica. Ninguém gosta de mamas descaídas...

Para a primeira, já não é tão fácil. Algo que tem direito a um nome médico-cientifico merece um pouco mais de respeito e um tratamento mais especializado. Ginecomastia (informação mais completa em Inglês) é o nome dado ao fenómeno apelidado de mamas de homem, “man boobs” ou então “mamas à homem”, para os machos mais sensíveis (!contracenso!) a esta coisa de seios masculinos. Este nome engloba as mamas acima descritas, assim como as mamas resultantes de desordens, desbalanços e descontrolos hormonais no homem. Qualquer homem com estrogénio a mais no corpo pode desenvolver, sem o desejar, uns peitos que de belo nada têm. Se ao menos esta fosse a solução fácil para muitas mulheres... (suspiro). Também é chamada de ginécomastia o aparecimento de mamas nos rapazes no ínicio da adolescência, ainda que este fenómeno seja, na maior parte dos casos, temporário.

No caso mais grave da ginécomastia no adulto, o homem afectado deve procurar auxílio junto do seu médico de família, porque além de possívelmente necessitar de recorrer “à faca” para retirar os excessos de tecido mamário, terá também de iniciar um tratamento hormonal a fim de evitar futuros acontecimentos e outros infortúnios resultantes do excesso de estrogénio, ou falta de testosterona.

Em caso de dúvida, olhe-se ao espelho. Se a gordura não está só onde deviam estar os músculos peitorais, então está na hora de se inscrever num health club. Se é um homem elegante com mamas grandes e sem pelos na benta, então consulte o seu médico. O seu farmacéutico vai apenas rir-se na sua cara.

Tenha atenção a um pormenor de peso. Algumas companhias de seguros podem considerar o tratamento da ginécomastia como mero procedimento cosmético, por isso tenha o cuidado de as consultar antes de pensar em gastar o dinheiro. Uma solução fácil para evitar embaraços é o uso de cintas para o peito, que são uma versão masculina de soutiens de desporto.

E se há coisa sem piada, são soutiens de desporto... Tábuas rasas é para empiristas.

A lógica invertida nos centros de emprego

24.03.10 | Cldsunshine

 

A lógica invertida perante a notícia de que milhares de empregos apresentados nos centros de emprego não eram preenchidos, o governo Português, nomeadamente ministro das finanças Teixeira dos Santos anunciou que irá alterar o valor do subsídio de desemprego (e por alterar ele quer dizer baixar) de forma a tornar mais atractivo trabalhar. Depois veio presidente da CGTP Carvalho da Silva dizer que era imoral dizer que as pessoas estariam acomodadas ao subsídio e que não quereriam trabalhar, quando os salários propostos por esses empregadores ou empresas de trabalho temporário nos centros de emprego, são postos de trabalho precário e com salários baixíssimos.

Ora na minha opinião um discurso não invalida o outro. De facto podemos baixar os salários para que se esses empregos precários e mal pagos se tornem atractivos. Aliás até podemos eliminar todas as prestações sociais como o subsídio de desemprego e tão mal falado RSI e decerto que não existirá nenhum emprego por preencher.

A moral é: em vez de fiscalizarem essas empresas e de se subirem os salários não. Baixam-se as prestações sociais. Claro que a fome é o maior incentivo não só ao trabalho, mas à exploração.

Crime de perder a alma

18.03.10 | Cldsunshine

As temáticas sociais são como a economia, cíclicas. Agora surgiu uma série de novos escândalos envolvendo padres católicos em abusos sexuais em menores.

Na esfera televisiva discutem-se várias temáticas como serão todos os casos falados casos de pedofilia ou de pederastia? Eu questiono-me acerca da relevância desta questão. Será tão importante se a criança tem 10, 12 ou 14 anos? São abusos sexuais em crianças!!

Outro argumento exibido é que os casos de pedofilia são reduzidos comparativamente com o bem que a Igreja tem feito a todos aqueles que a ela recorrem incluindo as crianças em risco. Ora isto não é nem de longe nem de perto um argumento que possa sequer sair da boca de nenhum membro do clero. Todo o “Bem praticado“ do mundo não desculpa um único crime. Quando falamos de abusos sexuais nem que fosse apenas um caso em todo o mundo ele deve ser punido com mão severa. Não vamos dizer que os abusos cometidos por padres devem ser vistos como os abusos de qualquer outro homem. Os padres têm um dever moral bem superior ao dos outros homens. Por isso são padres. Ser padre, entre outras obrigações institucionais, é praticar o bem, é proteger os desprotegidos. Este crime é hediondo e ainda mais agravado quando se aplica a um padre. Abusar de seres frágeis, indefesos, em risco quando estes procuram apoio e segurança, é um crime de perder a alma, é trair a confiança das crianças que saem de um ambiente hostil e achando estar a entrar num lugar de segurança encontram ainda mais perigo. Estou a falar inclusivamente de crianças institucionalizadas pois são mais propícios nestes casos, mas estes abusos também se conhecem em crianças que estão com as respectivas famílias.

Finalmente alguém teve a coragem de introduzir a temática do celibato como uma das causas para os abusos sexuais. Muitas pessoas dizem que são assuntos não relacionados, pois na minha opinião é exactamente a causa dos abusos sexuais, pelo menos da maioria dos abusos. Não falo de uma relação directa entre celibato e pedofilia, mas acho que é uma condicionante muitíssimo importante. Uma pessoa que é impedida (embora concorde com esse impedimento ou não) de ter relações vai desenvolver comportamentos desviantes. Acho anti-natural um ser humanos abster-se de qualquer contacto sexual durante toda a sua vida. Perante tal privação o ser humano vai desenvolver patologias e claro que aqueles que estão maias próximo e que por vários factores (suborno, descrédito nas mesmas, manipulação) não vão falar, são as crianças. Elas são o alvo principal do descarrego das frustrações.

Relativamente às tendências homossexuais acho que é outra falsa questão. Os padres abusam mais de rapazes porque são eles que lhes são mas acessíveis. As meninas institucionalizadas encontram-se mais com membros femininos do clero enquanto os rapazes com membros masculinos. Acho que quando a patologia chega ao ponto de se abusar de crianças o facto de ser rapaz ou rapariga é irrelevante. É como o caso dos amigos que ficam presos numa ilha deserta e ao fim de alguns meses o amigo já parece uma mulher. Várias raparigas sofreram já abusos por parte do clero daí a preferência por rapazes se dever na minha opinião a uma questão de oportunidade.

Como crente na reabilitação, não acho que a expulsão da Igreja seja a única solução viável. Acho que terapia é um dos caminhos a explorar. O mais importante é a prevenção destes comportamentos e o questionamento do celibato.

Santana Lopes anda por aí

16.03.10 | Bruno C.

No congresso todos andavam a falar de quem será o próximo líder e Pedro Santana Lopes, ele que até nem estava a pensar lá ir, conseguiu passar a "lei da rolha" nas barbas de toda a gente. Gente que agora vem gritar alto que é contra, apesar de nada ter feito para o impedir no congresso, desde Aguiar Branco, a Passos Coelho todos vão revogar a medida quando forem eleitos.

Mas o que Pedro Santana Lopes fez não foi nada que o PSD não estivesse habituado, João Jardim à muito que partilha da ideia da "não agressão forçada" entre o partido.

Mas mesmo o sumo pontífice do PSD, veio questionar esta medida, classificou-a de "um erro", mas também dele não se ouviu nada no congresso.

A explicação para esta súbita mudança de opinião, de um dia para o outro, pode dever-se à histeria de grupo que é um congresso. Quando estavam todos junto esta ideia parecia uma maravilha mas agora longe do congresso o maravilha deixou de ser assim tão maravilhosa.

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