Geração perdida, nada disso...
Vicente Jorge Silva, foi o “pai” da expressão “geração rasca”. Se não sabe quem ele foi é porque provavelmente não precisa de saber.
Renato Seara ilustre escritor do blog “em 2711” quer ser o “pai” da expressão “geração perdida”.
Muito desagradado com a sua própria geração mostra-se pesaroso por não poder viver na infância do seu pai. Nesse local idílico os jovens não se dedicavam ao consumismo primitivo (não tinham dinheiro e mesmo que tivessem não tinham o que comprar, nem onde comprar, assim é fácil não ser consumista)! Os jovens juntavam-se para discutir ideias. Nunca ouve tantos jovens na politica, todos os partidos políticos apresentam movimentos jovens, mas naquela altura, em que 80% da população era analfabeta, vivíamos numa ditadora e quase tudo era censurado é que os jovens tinham diálogos profundos. Poupem-me.
E a música? A música era uma coisa boa, como Beatles ou Bee Gees, nada de martelos pneumáticos como se ouve agora. Sim, porque já não se faz boa música e todos os jovens de agora só ouvem Drum&Bass e Grind House. (Bee Gees, a sério? Não tinhas mais banda nenhuma para colocar como exemplo? Os Rolling Stones são muito barulhentos para ti? E os Pink Floyd muito alternativos?)
Era um local tão perfeito que o bullying não existia pois os jovens de outrora viam para lá do aspecto. Ou isso ou o bullying não era considerado um problema e era visto como uma coisa normal, praticada não só por alunos mas também pelos professores que não perdiam uma oportunidade para bater e intimidar os seus alunos.
Pela parte que me toca o que mais detesto não são as gerações perdidas, confusas, rascas ou trocadas são os que colocam uma máscara de “velhos do Restelo” e esperam pela volta de um passado que nunca existiu.