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Reactor 4

esquerda snowflake, lobo marxista easylado@sapo.pt

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Os casamentos de Cavaco

21.05.10 | Bruno C.

 

O Presidente da Republica, finalmente, promulgou o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Promolgou, mas contrariado! Tão contrariado e tão ruidinho por dentro que não deixou de fazer um dos seus, já famosos, discursos ao país. Sempre intervenções cheias de conteúdo, que deixam tudo na mesma ou que pouco acrescentam e que nunca ninguém consegue realmente entender o seu própósito (além do obvio que é propaganda pessoal).

Mas foi também neste dia que ficamos a perante a real dimensão da crise económica que vivemos, uma crise tão grande que até é a culpada pela legalização do casamento entre pessoas do mesmo sexo!

Brilhante senhor Presidente, brilhante...

 

 

Bento XVI em Portugal

21.05.10 | Bruno C.

A visita de sua santidade o Papa Bento XVI já lá vai, tudo correu bem e já em Itália o Papa discursou sobre a maravilhosa estadia por terras lusitanas.

O país parou para receber o Papa, ou pelo menos tentaram que ele parasse. Muito alarido foi criado nos dias que antecederam a visita, multidões eram esperadas, subitamente Portugal tornou-se fervorosamente católico. Nas televisões só ouvíamos falar do Papa, como vive, o que faz, o que veste, o que come, quem é o motorista do Papamovél, quem é o piloto do helicóptero...

Mas logo no primeiro dia se percebeu que a mobilização popular não eram tão grande como se anunciava, apesar do aparato noticioso e dos constantes especiais televisivos, mesmo com a reverencia do próprio Presidente da Republica que passou a semana quase toda com o Papa, a verdade é que a tão esperada aclamação do país acabou por não acontecer.

O que se viu foi uma apropriação indevida de espaços públicos e políticos para a celebração de eventos religiosos. O que vimos foram ruas cortadas e trânsito muito condicionado para o Papamovél circular a 30km/h perante passeios com pouca gente a abanar bandeirinhas oferecidas pelo Correio da Manhã ou pelo Jornal de Notícias.

É claro que a visita do Papa é um acontecimento importante. É um chefe de estado e deve receber honras de chefe de estado quando se encontrar em situações políticas, agora no que se relaciona com aspectos religiosos os nossos políticos deviam fazer uma clara demarcação e não confundir espaços políticos (como é a Câmara do Porto) com espaços religiosos e não transformar Portugal um estado religioso durante 5 dias.

Comissão de inquérito ao negócio PT/TVI

15.05.10 | Bruno C.

A comissão de inquérito ao negócio PT/TVI continua na sua inquisição contra o primeiro-ministro. Até agora todo este folclore não resultou em nada, ou melhor, depois de dezenas de perguntas e inquirições o primeiro-ministro ainda não foi considerado culpado.

Como a comissão ainda não consegui através de perguntas incriminar José Sócrates agora vai tentar pelo cansaço. Zeinal Bava vai ser ouvido outra vez!! Se até agora ele ainda não disse nada que incriminasse o primeiro-ministro desta é que vai ser!

Mas o pior é que os trabalhos desta comissão foram alargados por mais um mês. Mais um mês de circo mediático e descredibilização da politica em Portugal.

Basílio Horta na RTP1

13.05.10 | Bruno C.

Finalmente alguém fala na televisão com uma visão clara do que se passa em Portugal, sem saudo-sismos do passado, desilusão pelo presente e a prever cenários apocalípticos para o futuro. Basílio Horta falou bem, na RTP1, e não se deixou enredar pelo obscurantismo de João Salgueiro, o econo-mista que acha que não se ensina nada nas escolas e que aumentar a produção da cebola e da batata em Portugal para combater a crise.

Finalmente consegui ver um debate sobre a crise e o novo plano fiscal sem me sentir insultado por aqueles que não querem ver como Portugal evoluiu nos últimos 10 anos e teimam em comparar o nosso país como países e realidades político-económicas que infelizmente nunca atingiremos. Não temos o cheque-petróleo da Noruega nem a centralidade geográfica da Alemanha, temos que parar de olhar para exemplos que nunca atingiremos apenas para demonstrar como estamos mal.

Ainda bem que Basílio Horta foi à televisão e me deu mais algum alento para continuar a acreditar que ainda é possível encontrar comentadores bons na televisão nacional.

Ricardo Rodrigues e os gravadores

07.05.10 | Bruno C.

Ricardo Rodrigues foi o mais recente protagonista de mais uma infelicidade na vida politica nacional. A atitude do vice-presidente da bancada socialista é a todos os níveis reprovável e não pode ser desculpada, como foi feito pelo PS, acoberto de um jornalismo de baixo nível (como foi o caso). É certo que o jornalista está a ser muito inconveniente e a tentar irritar o deputado mas a sua atitude é muito irreflectida.

Roubar os gravadores? Onde é que os partido encontram estes dirigentes? Já não existem deputados e políticos profissionais? Políticos que não cometam erros primários como este. A única solução para o PS seria destituir Ricardo Rodrigues do seu cargo de vice, erros infantis como este não podem ter lugar nas mais altas chefias de um partido. Ele podia ter abandonado a sala, podia não ter respondido as perguntas agora roubar os gravadores enquanto saia todo alterado da sala é que não podia ter acontecido.

Os políticos em Portugal têm que começar a ter lições de como falar com jornalistas e como actuar perante as televisões, não podemos continuar a viver com estes erros e pior nada acontece aos intervenientes.

Da mão invisível de Adam Smith à mão visível das agências de rating

06.05.10 | Cldsunshine

Como a maioria das pessoas deve sabe, o liberalismo de mercado (teoria defendida acerrimamente desde o inicio do séc XIX) defende que o mercado, movido apenas pela iniciativa privada, consegue por si próprio garantir a produção e distribuição de bens pela população criando um equilíbrio gerador de bem-estar social. O nome mais famoso ligado a esta doutrina, Adam Smith contribui com a sua teoria da mão invisível, cada pessoa movida por um egoísmo económico tenta vender os seus bens ao preço mais alto e tenta comprar ao preço mais barato. Smith ilustrou bem seu pensamento ao afirmar "não é da benevolência do padeiro, do açougueiro ou do cervejeiro que eu espero que saia o meu jantar, mas sim do empenho deles em promover seu próprio interesse. Ora a concorrência faz com que para além de se contribuírem para o desenvolvimento tecnológico ao tentar encontrar a forma mais barata de produzir o seu produto, o preço deste seja de acordo com a sua procura. O preço de um produto depende assim da procura do mesmo. É o chamado equilíbrio da oferta e da procura que é gerida pela tal “mão invisível” do mercado. O Estado fica assim arredado de qualquer interferência na iniciativa privada ou na gestão do mercado.

No entanto, estes ideais liberais esbatem-se nos momentos de crise económica. O que se verificou é que este funcionamento não era tão linear e que o mercado também teria os seus disfuncionamentos. Nada de grave. Os liberais apelidam de desvios que o próprio mercado tenderia a resolver. Para além de incapacidade de integrar socialmente aqueles que não estavam integrados no mercado de trabalho o liberalismo apresenta disfuncionamentos na sua teoria mais pura (por exemplo casos de cartelização que traem os fundamentos basilares de concorrência).

O meu objectivo não é o de discorrer acerca das des-virtudes já comprovadas da doutrina liberal, mas discorrer acerca das novas des-virtudes e do impacto destas na sociedade moderna nomeadamente na sociedade portuguesa. Assistimos recentemente à notícia da descida de ranking da confiança de Portugal nas agências de rating. Ora primeiro para quem não sabe agências de rating são empresas americanas que estudam empresas mundiais e Estados, e lhes dão um valor de confiança de investimento. No fundo são elas que dizem em quem investir ou não. Empresas essas que já mostraram grandes falhanços ao catalogarem empresas em alta e elas falirem no dia seguinte, mas nem por isso viram as suas credibilidades afectadas. São empresas privadas (daí a sua independência ser questionável) americanas que para além de muito nacionalistas ganham com a descida do euro. São elas que fazem com que uma empresa num dia valha muito e no dia seguinte entre em falência, sem que haja qualquer alteração de facto na empresa. A lei da oferta e da procura de facto funciona pois se essas agências dizem para se investir em determinada empresa os investidores vão todos comprar acções dessa empresa e as acções sobem, sem que o produto desta seja de facto mais apetecível no mercado. O mercado bolsista circula acções e não bens e serviços em concreto. Não há produção de riqueza ou evolução tecnologia. A “mão invisível” que gere a oferta e a procura não de deve ao mercado, mas a agências de rating. Não se trata de um a mão invisível, mas uma mão bastante visível. Smith deve estar agora às voltas na campa.

Parte da solução passa, como foi já referido por alguns políticos, pela criação de uma agência de rating europeia que seja imparcial e justa. Para além desta acho que a UE poderia passar a variar a origem dos seus investimentos, isto é, devia depender menos do mercado de capitais americanos no que toca a pedir dinheiro emprestado. Afinal de contas há outros mercados fortes com moedas bem cotadas. Para finalizar, queria deixar a vontade de que os estados e as empresas investidoras e as empresas alvo de investimento, dessem menos importância a tais agências americanas. Sei que para quem está do lado de lá dinheiro é mais difícil, mas uma postura mais céptica de todos começaria responsabilizar mais as empresas de rating.

As viagens de Inês de Medeiros

05.05.10 | Bruno C.

Inês de Medeiros decidiu prescindir da comparticipação do Parlamento nas suas despesas de deslocação a Paris. A meu ver o grande problema não é o facto de ela ter ou não ter direito ao apoio do Parlamento, está na lei e ela devia ter direito, como acabou por ter, a esse dinheiro.

Todo o alarido feito à volta deste caso é realmente de baixa politica e de aproveitamento politico pois o grande problema não é o que está a ser debatido, mas sim é a possibilidade de um deputado ser eleito por um circulo eleitoral em que não reside, não faz sentido. Das duas uma ou o deputado muda para o circulo em que foi eleito ou acarreta as despesas de viver longe.

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