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Reactor 4

esquerda snowflake, lobo marxista easylado@sapo.pt

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Juros sobre Portugal

22.09.10 | Bruno C.

Os juros pagos pelos Estado Português pela dívida pública voltaram a subir, e isto com a procura a exceder largamente a oferta.

Pelos vistos o mercado continua a querer afundar a União Europeia depois da Grécia, que não conseguiu evitar que o FMI lá entrasse, agora é a vez de Portugal. Nada se tem alterado de tão crítico que levasse a subir a desconfiança sobre a capacidade de Portugal em pagar a dívida. E não deixa de ser curioso que apesar da desconfiança (subida dos juros) a oferta continua em alta! Todos querem emprestar apesar de acharem que Portugal não vai conseguir pagar!

Não haja dúvida que o mercado está para nos apanhar e lá prós lados do BCE parece que não se estão a ralar muito...

Extrema Direita? Aqui não

21.09.10 | Bruno C.

Com 5,7 por cento dos votos e a eleger deputados pela primeira vez o Partido Democratas da Suécia está a dar que falar! Está a dar que falar mas pelas piores razões. Desde o inicio da campanha que este partido ameaçava eleger deputados apesar de ficar aquém dos seus objectivos a verdade é que já estão sentados num sítio que devia ser o bastião da democracia no país. Felizmente nem todos vão na cantiga.

A subida dos partidos de direita cada vez com ideias mais radicais na Europa está a acontecer em vários países como a França, a Inglaterra, a Bélgica, a Holanda, ou na Itália com os resultados conhecidos que só envergonham, ou deviam envergonhar a Europa.

Os governos de esquerda, muitas vezes com culpa própria, está a abrir caminho a radicalismos de direita e os movimentos pro-ódio não param de crescer. Quer seja o ódio aos muçulmanos, aos ciganos ou africanos.

Estes partidos querem leis de imigração mais duras. Acoberto de uma suposta ideia de “segurança” e de manter os seus países “livres” dos problemas da imigração. Passando a noção que o crime vem de fora estes movimentos ganham adeptos no seio das populações descontentes com a crise.

O grande problema da Europa é que ainda não conseguiu definir as suas políticas de imigração. E podemos estar perante o início de uma grande crise no sentido do radicalismo étnico, da intolerância religiosa e de perseguições xenófobas um pouco por toda a Europa.

Podemos estar prestes a regredir centenas de anos e tentar fechar as nossas fronteiras com medo do que aí vem, construindo muros e deitando abaixo pontes.

O emprego em Portugal

18.09.10 | Bruno C.

A tarefa primeira e mais árduas de todos os Estados, especialmente os Estados ditos socialistas é o garante de emprego às populações. Isto porque pela importância do emprego do emprego nas nossas vidas e pela sua escassez, esta é uma preocupação sempre presente de qualquer governante. Muito se fala de leis/medidas/politicas de promoção do emprego. Ora este é um assunto bastante complexo e ao qual o contributo de vários teóricos e cientistas de varias áreas ainda não conseguiu encontrar solução. Assim sendo e não sendo eu um messias, vou deixar nada mais que a minha opinião.

Na minha opinião, não são as medidas de mais ou menor facilidade de despedimento que vão promover o emprego. Se uma empresa necessitar de uma tarefa executada (quer por encomenda, quer por iniciativa inovadora dos proprietários), ela vai contratar alguém para a executar.

A esquerda pede maior rigidez nas causas de despedimento, a direita mais facilidade de despedimento, mas eu acho que a questão passa menos pela questão das causas de despedimento e mais nas questões de indemnização em caso de despedimento.

O que se verifica é que muitos trabalhadores não ficam além dos 3 anos por causa dos compromissos da efectividade. A obrigatoriedade de pagamento de indemnização em caso de despedimento a empregados efectivos, inibe as empresas na continuidade desse trabalhador. Claro que no outro lado do espectro está a questão dos recibos verdes. Os recibos verdes são uma óptima medida para aqueles que são de facto trabalhadores por conta própria, isto é, trabalhadores que trabalham para quem querem, que são pagos “à peça”, que cobram o preço que acham justo pelo seu trabalho e que não querem comprometimento com uma só empresa. No entanto o que se verifica é que os verdadeiros recibos verdes são uma excepção. A norma é os falsos recibos verdes: trabalhadores que (cumulativamente ou não), trabalham para uma só empresa, com horário de trabalho e pagos pelo tempo de trabalho quase sempre ao fim do mês, e que por força da extrema necessidade aceitam receber o que lhes oferecem, sem possibilidade de negociação (ter emprego já é uma sorte e se não aceitar há mais quem aceite). A questão é que se a empresa puder imputar a maioria dos custos de um trabalhador a ele mesmo (através do pagamento das despesas sociais, seguro etc) ela vai faze-lo. Ainda me admira como é que ainda existem empresas com empregados contratados. Os recibos verdes como nós os conhecemos são o cancro do emprego.

Muito bem, falei sobre a questão do despedimento, mas afinal o que é que vai dinamizar a criação de emprego? Pois como já disse, não é a legislação que vai criar mais ou menos empregos, na minha opinião ela pode dinamizar a empregabilidade e criar melhores condições aos tão precarizados trabalhadores portugueses (e não só). Para mim a criação de emprego passa acima de tudo pela conjuntura económica. Claro que esta é algo que pouco ou nada podemos controlar. O outro factor que considero facilitador da criação de emprego são as tão polémicas políticas estatais. Claro que o sector privado é tão ou mais importante na promoção que o Estado, no entanto este vai muito à corrente da conjuntura económica e como esta não vai de boa saúde há muito tempo (e na minha opinião nunca irá bem, mas isso será tema para outra oportunidade), alguém tem que intervir e esse alguém é o Estado. Os empresários preocupam-se com a sua acumulação de riqueza. O único interessado no bem da Nação é quer queiramos ou não, o Estado.

Gostaria de esclarecer que (apesar de aparentemente trair as minhas convicções) sou a favor de uma flexibilização (redução) da indemnização de despedimento com a convicção que iria evitar o despedimento de muitos empregadores que a determinada altura passariam à efectividade. Aceito também uma ligeira flexibilização nos motivos de despedimento, com a única, mas inegociável abolição dos recibos verdes. O fim dos recibos verdes daria estabilidade profissional a muitos milhares de trabalhadores que sofrem o flagelo deste tipo de precarização. Quando defendo o fim dos recibos verdes, defendo a sua fiscalização. E não acredito que tal que não seja possível. Se eu (uma cidadã comum) me engano na declaração de IRS e passado um ou dois anos me vem o fisco à perna, essa mesma fiscalização não vê que passo consecutivamente recibos à mesma empresa? Escandalosamente existem pessoas a trabalhar a recibos verdes para a mesma empresa há décadas! Só não vê quem não quer.

Em suma, acho preferível ter alguma flexibilização laboral do que precarização dos trabalhadores e por vezes a total flexibilização do emprego (que é o drama dos recibos verdes e do emprego subterrâneo).

Combater a pobreza

17.09.10 | Bruno C.

As crescentes taxas de desemprego com que nos deparamos nos dias de hoje não deixam de me fazer questionar como prevenimos a pobreza numa sociedade que vive o pós-pleno emprego e onde o trabalho ainda é um factor central, mas ao mesmo tempo sofre um período de pós-industrialização no qual não consegue criar emprego para todos? Como é que uma sociedade, assente no valor do trabalho, vai viver (sociedade como organismo vivo) sem o seu alimento? Podemos evocar as teorias do ócio e dizer que caminhamos para uma sociedade que se revê mais noutros valores que não o trabalho, mas o certo é que esse futuro está ainda longe. Os valores prevalecentes da sociedade de hoje são o trabalho, o consumo e o hedonismo. Os dois últimos valores referidos dificilmente se concretizam sem o produto do primeiro, isto é o dinheiro. Mesmo ao caminharmos para uma sociedade do ócio, este não se concretiza sem recursos financeiros.

Hoje, não só o trabalho já não é um bem abundante como esse não previne a pobreza. Assistimos a um escalar do número e da forma dos fenómenos de pobreza numa sociedade em que o trabalho ainda é um factor central nas mentalidades humanas. Como evitar a pobreza se não só não há trabalho como há quem queira acabar com o Estado de Previdência? Se não temos trabalho nem ajuda de “Mão Maior” o que vamos comer? Sei que a resposta imediata à pergunta “Como se previne a pobreza?” é “não se previne”, mas como socióloga optimista e acima de tudo como ser humano não resignado e não crente em fatalismos, acredito que a humanidade se unirá e encontrará uma forma de resolver este fenómeno tão complexo e mutável como a pobreza. A pobreza é como um vírus que mutou e que afecta cada vez mais pessoas, mas no entanto continua a ser tratada com os mesmos medicamento de outrora. Há que tomar uma atitude drástica, aplicar um tratamento de choque. Não podemos ignorar este doloroso fenómeno.

Será que numa sociedade de empregos escassos, uma pessoa que acumule uma série de handicaps e que por isso parta a trás da linha de partida não é esperável que corte a meta em último. Existem pessoas que apesar de uma serie de âncoras conseguem triunfar na vida e por tal devemos aplaudi-las, o que digo é que não devemos ostracizar quem não o consegue. Não acredito em determinismos, mas que os há, há.

 

artigo de cld

PSD e as razões legalmente atendíveis

14.09.10 | Bruno C.

Passos Coelho continua a tentar fazer passar gato por lebre.Depois da sua "razão atendível" ter sido arrasada na praça pública volta à carga com a expressão "razões legalmente atendíveis". Pelos visto a palavra "legal" altera completamente o sentido da proposta do PSD.

Mais um truque de cosmética que o presidente do PSD nos tem habituado.

Touradas

13.09.10 | Bruno C.

Moita Flores é mais uma dos que troca a dignidade dos animais pelo gosto pessoal. Não existe nenhuma razão para a existência das touradas. Não há nada que possa justificar o espectáculo que é homens a cavalo espetarem lanças num animal.

Porque é disso que se trata. Homens e mulheres andam a cavalo e espetam, para gaudio do público, lanças em animais. Animais que sangram durante vários minutos dentro da arena, digo sangram quando não morrem ali mesmo.

Apesar do séculos de evolução a barbárie ainda anda de mãos dadas connosco...

ERC e Carlos Cruz

13.09.10 | Bruno C.

A ERC acha que a advertência e a "avaliação negativa" do desempenho do serviço público no escandaloso caso de favorecimento a Carlos Cruz é suficiente. Ela acha mas não devia ser.

O que a RTP fez foi vergonhoso. O programa de Contras e Contras que semanalmente transmite procura substituir a justiça e a entrevista de Judite de Sousa sem direito ao contraditório colocou Carlos Cruz numa posição privilegiada para exercer pressão nos tribunais atraves da opinião pública.

Não é concebivel que em Portugal as televisão procurem, em nome de audiencias, julgar as decisões de tribunais e ouvir pessoas que foram condenadas.

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