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Reactor 4

esquerda snowflake, lobo marxista easylado@sapo.pt

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CDS-PP o programa eleitoral

31.05.11 | Bruno C.

CDS-PP  anda muito preocupado com o pós-eleições, e nós também devemos estar, pois no seu programa podemos ler na pág. 48 sobre o RSI e os seu beneficiários: "...atribuição de parte da prestação em espécie, pelo sistema de vales sociais..." e "...fazer “trabalho socialmente necessário” nos órgãos ou instituições...". Acho que fica claro a maneira como o CDS-PP olha para as pessoas e como está disposto a roubar-lhes a dignidade.

 

Sobre o SNS podemos ler na página 51

"É preciso potenciar os recursos instalados no SNS e promover a liberdade de escolha entre Unidades do SNS com vista a uma maior competitividade ... A contratualização regulada entre com o sector social e privado é uma via."

Privatizar o SNS e promover competição dentro do próprio SNS. A visão clara de um négocio com a saúde de todos nós.

 

Segurança Social na página 59

"Liberdade de escolha implica a capacidade de, voluntariamente e a partir de certo limite, se poder optar por descontar para um regime publico, privado ou mutualista de segurança social, e não obrigatoriamente só para o Estado."

O ínicio do fim da segurança social e progressivamente passar a responsabilidade para os privados.

 

O CDS é frontal também na justiça e segurança (página 69): "...o Presidente da República deve ter mais poderes na área da justiça".

 "...garantir a participação dos Corpos Especiais da PSP e da GNR no patrulhamento dos bairros identificados pelas Forças de Segurança como sendo problemáticos; criar Grupos Operacionais de Prevenção (GOP) e actuar nos bairros considerados de risco..." e "... tornando o processo sumário na regra do sistema quando se trate de detidos em flagrante delito..."

Portanto colocar os políticos a mandar na justiça e tornar Portugual num estado polícial com uma justiça sumária.

 

Votem no CDS-PP e depois não digam que não foram avisados.

Voto em branco

27.05.11 | Bruno C.

No outro dia, estava eu a navegar pela minha rede social preferida quando me deparo com um grupo chamado qualquer coisa como: “Não à abstenção e ao voto branco”. Este grupo à semelhança de muitos outros pretende mobilizar os utilizadores desta rede social não só para a votação, mas para a votação em alguém. Não falava em voto útil nem em nenhum partido específico, mas num voto em alguém.

Logo surgiram aproveitamentos políticos. Feliz ou infelizmente o acesso a estes grupos é livre e como tal surgiu um chorrilho de partidos políticos a fazerem propaganda política. No meio da propaganda estavam comentários de pessoas fora das esferas partidárias. Um desses utilizadores apelava ao voto em branco pois para além de não se identificar com nenhum candidato, este é uma poderosa forma de protesto.

E é verdade. No entanto também é verdade que o voto é banco é uma forma de nos mostrarmos participativos na sociedade, sem na verdade o sermos. Independentemente do partido que estiver no governo, passado o período de graças, ele vai fazer asneiras e é muito fácil dizer-se que não se votou naquele partido para fazer parte do governo quando não se votou em nenhum partido. O voto em branco é uma forma de nos des-responsabilizarmos.

Está na hora de fazermos uma escolha e de a assumirmos mesmo quando a coisa corre mal. E não podemos esperar concordarmos com tudo o que um candidato diz, pois assim teríamos 10 milhões de candidatos que seriamos cada um de nós, já que ninguém pensa exactamente o mesmo em todos os aspectos. Também não vamos cair no erro de votarmos em alguém só porque concordamos com um ponto do que ele diz, porque assim poderíamos votar em qualquer um dos candidatos pois todos têm pelo menos um aspecto consensual. A minha sugestão é: façam um desses testes políticos que andam na net que medem a nossa orientação política. Podem não votar no partido que vos aparecer como sendo ideologicamente mais próximo, mas pelo menos, para aqueles com dúvidas, ficam a saber onde se situam ideologicamente. Este tipo de teste ajuda-nos a questionar os discursos populistas que proliferam nestas alturas só para captarem os votos. Não precisam de concordar com tudo o que um partido diz, mas convêm concordar com a maioria das suas propostas e visões da sociedade.

 

post de cldsunshine

Taxa Social Única

26.05.11 | Bruno C.

Poucas pessoas saberiam o que é a TSU antes da TROIKA assentar arraias aqui no burgo lusitano e, diga-se de passagem, tão pouco queriam saber dela. Mas a verdade é que quase tão viral como a conversa sobre o RSI a temática do TSU não nos larga. PSD veio com a ideia a reboque da TROIKA de baixar 4 depois 8 mas certamente a ideia será acabar por completo com a taxa. O grande argumento da direita liberal é que se as empresas tiverem mais dinheiros isso irá promover o emprego e estimulará a economia. Mas nada mais enganador, pois a contratação não depende da saúde financeira da empresa mas sim do volume de negócios. A redução da TSU iria permitir um maior encaixe financeiro às empresas mas não irá aumentar as encomendas, logo não haveria mais trabalho e consequentemente não haverá mais empregos. Por outro lado certamente iram existir mais jantares e bónus para os patrões com o dinheiro extra… Com a baixa da TSU quem fica a perder somos todos, pois esta medida não cria emprego nem melhora a economia do país e irá levar ao aumento de outros impostos que vão retrair o consumo e além disso prejudicará muito a segurança social.

A fraude que é Paulo Portas

20.05.11 | Bruno C.

Paulo Portas conseguiu ao longo dos anos criar uma personagem para si aos olhos das pessoas, uma imagem que é a própria antítese de si mesmo.

É incrível como as pessoas acham que um conservador da direita religiosa pode ser ao mesmo tempo um defensor dos pobres.

Nunca me deixo de espantar como quase ninguém consegue calar Portas num debate simplesmente apontando o tremendo teatro que é a sua campanha eleitoral.

ELeições 2011

17.05.11 | Bruno C.

Agora que estamos quase em campanha eleitoral (se bem que é difícil distinguir entre pré-campanha e campanha eleitoral) está na altura de se fazer algumas reflexões sobre os partidos concorrentes.

 

PS - O Partido Socialista é a cara da crise. É verdade que apresentou obra e conseguir avanços na educação e ciência mas na verdade já lá está á muitos anos e isso notasse quando vemos as nomeações para cargos importantes. O clientelismo é inevitável.

 

PSD - Com a liderança desastrada de Passos Coelho o PSD não conseguiu capitalizar a crise do PS mas mesmo assim não deixa de estar na primeira linha para ser governo. É preciso ter muito cuidado com este Passos Coelho que transformou o PSD conservador de direita para um partido de direita liberal pró-capitalismo. O programa apresentado é dos mais perigosos de sempre e promete seguir e ir mais além que os noeliberais da TROIKA.

 

CDS - Continua a ser um partido populista de direita e nunca nada de bom vem destes lados...

 

PCP - O partido com o líder mais respeitado é um partido preso no tempo e preso pela sua ideologia. Está mais moderado e até tenta uma aproximação a uma coligação para governo mas continua desfasado da realidade mundial. Não existe lugar na UE para um governo comunista.

 

BE - É o partido com maior potencial para conduzir o país mas continua sem saber o que quer. Para ser uma alternativa de governo terá que se moderar e compreender que na UE não tolera um governo de esquerda dura. Uma aproximação à ala esquerda do PS seria uma solução mas também um risco de dissolução no meio do PS. No entanto um programa bem pensado e sem radicalismos poderia tornar o BE numa solução de coligação. tem a vantagem de dever pouco a lobbys e tem pouca gente "ajudar" se chegar a governo.

Grécia sem saída

10.05.11 | Bruno C.

Passado um ano, a UE já admite que ajuda dada à Grécia não chega.

Mas na verdade o que não chega é este tipo de ajuda que apenas se foca num estado residual e na redução de despesas a todo o custo. O que não chega é a passividade perante a escalado dos juros da divida soberana e a descida sem nexo dos ratings a países que estão a ser ajudados. 110 mil milhões não chegaram mas bem podiam ser 200 ou 300 mil milhões de euros, enquanto não regularem as agencias de rating e os mercados estamos todos à mercê de uma ideia capitalista e desajustada da realidade.

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