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Reactor 4

esquerda snowflake, lobo marxista easylado@sapo.pt

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Pedofilia clerical

03.04.10 | Bruno C.

 

 

No período da Páscoa nada melhor que uma reflexão sobre um problema que tem abalado a igreja católica desde as suas bases até ao próprio Papa. Ninguém parece escapar incólume às acusações de pedofilia e encobrimento. Os contornos começam a ser de uma epidemia. Por todos os cantos do mundo surgem novos casos de abuso, desde os casos mais mediáticos nos EUA e Irlanda até à cidade do Porto. A atitude do Vaticano tem sido, no mínimo ausente perante tantos escândalos.

Mesmo as comunicações do Papa sobre este assunto têm sido escassas e muito evasivas. Não acho que estes abusos sejam culpa da Igreja, no entanto não posso deixar de culpar a Igreja por não realizar um debate profundo sobre este mal que se tem abatido sobre ela. Mal que não é de hoje, mas que já se vem a manifestar há longos anos. E que a forma de organização da Igreja Católica e a especificidade do celibato dos padres parece proporcionar. Nem podemos deixar passar em claro todas as tentativas de encobrimento que foram feitas pelo clero a este abusos. Muitas vezes transferindo os criminosos para outros locais onde faziam novas vitimas, perante a passividade das autoridades clericais. Neste ponto a tentativa de encobrir os seus sobre pôs-se à lealdade para com os princípios da própria igreja católica.

Nos últimos 100 anos dezenas de milhares de pessoas foram vitimas de abusos sexuais por parte de membros do clero, uma proporção sem paralelo em qualquer profissão na sociedade.

Apesar do casamento ser considerado um sacramento e o próprio Jesus Cristo ter definido o casamento indissolúvel entre o homem e a mulher como parte do plano de Deus, os senhores da igreja apresentam um horror patológico ao sexo. Claramente demonstrado no celibato, na exultação da castidade e nas imposições dentro do próprio casamento entre os cidadãos.

Porque é que a Igreja odeia tanto o sexo eu não sei. Mas obrigar os seus porta-vozes a rejeitarem uma das funções básicas da vida humana está para além da força da fé. Pelo menos para alguns, mas mesmo assim muitos mais do que aqueles que poderíamos tolerar como normal, para quem se diz ser o bastião da moral.

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